terça-feira, 26 de fevereiro de 2019| 2 comment(s)/ + ADD COMMENT
E eu comecei a fazer terapia
Dei uma chance pra psicologia me ajudar (?). Cheguei num ponto que comecei a me identificar com as músicas da Lana Del Rey e, mais que isso, chorar profundamente enquanto ouvia. Se 2019 é o ano da sentença eu não sei, mas pra mim as mudanças começaram logo na primeira semana do ano. Estava no estágio dos sonhos, com a equipe dos sonhos e no lugar que eu poderia construir a carreira dos sonhos. Mas por ironia do destino, o programa simplesmente acabou e toda a produção foi demitida. Diretores, produtores, editores.. e estagiários. Só sobrou o apresentador que, surpreendentemente, deu uma nota ao vivo dizendo que "se existia um culpado para aquela situação, era somente ele, porque a equipe era excelente". As pessoas daquela sala, a da parede verde, última antes de dobrar o corredor, faziam o milagre da televisão acontecer. REAL. E puta que pariu, eu fazia parte disso! Trabalhando lá, além de adquirir uma experiência fodida, conquistei talvez um dos tesouros mais preciosos pra alguém perdido: UM CAMINHO.
Percebi que gosto da área de produção e que meu desempenho é muito positivo. (YAY) Conheci pessoas incríveis que fizeram com que eu acreditasse em meu potencial. Contudo, aquele sonho que durou tão pouco, acabou antes mesmo de eu acordar. De uma hora pra outra, me vi sem chão, me questionava porque justo naquele momento o programa tinha que acabar. Lembro que fui assinar minha rescisão com o coração quase explodindo e com os olhos lutando contra as lágrimas.
Pelo fato de ao longo dos 4 anos, nunca ter me adaptado a minha turma da faculdade, todo semestre eu meio que colocava uma carga bizarra de energia negativa ali. Não me sentia bem naquele ambiente (ainda luto contra isso), e assumi que meu negócio era trabalhar, ou seja, apenas aguentar até conseguir meu diploma. Todas as empresas por quais passei, a identificação com a equipe era incrível. Então estando trabalhando, ir pra faculdade ia se tornar algo menos difícil pra mim. As aulas começariam só em Fevereiro e depois do lance da demissão eu já estava sem motivação alguma pra retornar.
Mas é claro que se for pra pisar na merda, que venha a avalanche de bosta de uma vez!
Poucos dias depois do meu aniversário, o baque veio certeiro e me derrubou mais do que qualquer outro. A pessoa que eu acreditava que estaria comigo nas melhores e piores fases, escolheu a pior delas pra me abandonar. Acho que eu tenho uma inocência muito infantil dentro de mim ainda, porque apesar de ter ciência de que as pessoas podem ser muito CRUÉIS, eu sigo acreditando que as que estão comigo não são capazes de chegar a tal ponto. Mas são. E SÃO PRA CARALHO!
Nós não conhecemos ninguém.
Nesse período, eu chorei muito e me senti completamente vazia por dentro. É difícil descrever a sensação da angústia dominando seu corpo, mas é uma dor latente, silenciosa e cruel. Por vezes eu não conseguia derramar uma única lágrima, mas a angústia estava lá, fazendo com que eu me dobrasse na cama e estrangulasse o coitado do travesseiro contra o peito. Venho tentando admitir que esse último episódio tinha que ser bem traumático mesmo pra eu desfazer qualquer laço emocional que insista em me atormentar, agora ou depois. Um término nunca é fácil, mas um término traumático pelo menos te ajuda a substituir a tristeza pela repulsa, e a repulsa pela indiferença, lentamente.
Que os mortos sigam enterrados.
Faz duas semanas que comecei a fazer terapia. Se eu estava esperando um motivo sólido pra procurar ajuda, surgiram pelo menos uns 3, e ao mesmo tempo! Ainda não me sinto muito confortável quanto a isso, é a primeira vez frequento um psicólogo. Mas vou dar uma chance e seguir até onde der.
Marcadores: adultlife, depre, trabalho
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